Polifenol pertencente à classe dos flavonóides, sendo encontrada principalmente em frutas cítricas. Apresenta benefícios à saúde, tais como antioxidante reduzindo o estresse oxidativo e anti-inflamatório, através da modulação dos fatores de transcrição nuclear NF-kB e Nrf2.
A naringenina é um polifenol pertencente à classe dos flavonóides, sendo encontrada principalmente em frutas cítricas. Apresenta benefícios à saúde que são comuns aos polifenóis, tais como antioxidante reduzindo o estresse oxidativo e anti-inflamatório, através da modulação dos fatores de transcrição nuclear NF-kB e Nrf2. Por esta razão, a naringenina demonstra a capacidade de regular diferentes vias de sinalização, envolvidas na patogênese da obesidade e da síndrome metabólica, de forma a auxiliar no gerenciamento de peso e reduzir variáveis lipídicas, especialmente o colesterol LDL. Além disso, a naringenina preserva a saúde cardiovascular e a função mitocondrial, bem como apresenta atividade hepatoprotetora.
QUAL O MECANISMO DE AÇÃO?
A produção de radicais livres constitui um processo contínuo e fisiológico, cumprindo funções biológicas relevantes. Sua produção é regulada por diferentes processos e vias metabólicas, e os radicais livres atuam como mediadores na sinalização extra e intracelular. No entanto, a produção excessiva pode levar a danos oxidativos nos mais diversos tecidos. O estresse oxidativo é caracterizado pelo acúmulo intracelular de compostos reativos ao oxigênio e ao nitrogênio, chamadas espécies reativas de oxigênio (EROs) e de nitrogênio (ERN), e ocorre nas células com desequilíbrio do sistema redox ou pela depleção de sistemas antioxidantes intracelulares. O desequilíbrio redox está envolvido na patogênese e progressão de diversas doenças como diabetes e hipercolesterolemia, dentre outras.
Neste sentido, os efeitos anti-apoptóticos e anti-inflamatórios atribuídos a naringenina, podem ser explicados, em parte, pela ativação dos mecanismos associado à via de sinalização Nrf2/HO-1.O Nrf2 é um fator de transcrição nuclear que se encontra inativo no citoplasma ligado à proteína Kelch-like ECH-associated protein 1 (Keap1) a qual impede sua translocação para o núcleo. Este fator é ativado por alterações do estado redox da célula, tais como o aumento das concentrações de EROs, subprodutos de danos oxidativos e capacidade antioxidante reduzida. Compostos bioativos, como a naringenina, vem sendo avaliados por sua potencialidade como promotores da resposta transcricional em regiões promotoras de genes que codificam enzimas antioxidantes e que permitem que NrF2 seja liberado de sua proteína citosólica repressora (Keap1).
No núcleo, o Nrf2 ativa os genes que codificam enzimas de fase II, detoxificantes e enzimas antioxidantes, que incluem: superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), NADPH quinona oxidorredutase 1 (NQO1), heme oxigenase-1 (HO-1), glutationa peroxidase (GPx), e tioredoxina (Trx), dentre outras, as quais desempenham papéis fundamentais na defesa celular, atenuando os efeitos adversos das EROs.
NARINGENINA E INFLAMAÇÃO
O efeito anti-inflamatório e antioxidante da naringenina foi avaliado em modelos celulares de estresse oxidativo e conseqüente processo inflamatório induzidos por paraquat, sendo possível observar significativa redução na expressão de citocinas pró-inflamatórias como interleucinas 1β(IL 1β) e fator de necrose tumoral (TNFα) nas células tratadas. Os níveis de óxido nítrico e da ciclo-oxigenase 2 (COX-2), responsável pela síntese de prostaglandinas, também foram reduzidos pela ação da naringenina. Os efeitos anti-apoptóticos e anti-inflamatórios promovidos pela naringenina parecem ser atribuídos principalmente ao mecanismo associado à ativação da via de sinalização Nrf2/HO-1, envolvida com defesa celular contra o estresse oxidativo.
NARINGENINA NO GERENCIAMENTO DE PESO E NA MELHORA DO PERFIL LIPÍDICO
A obesidade, definida como excesso de gordura corporal resultante do desequilíbrio crônico entre consumo alimentar e gasto energético, vem crescendo anualmente e adquirindo proporções alarmantes. Especialmente a adiposidade abdominal, presente nesta condição, está associada ao risco de doenças cardiovasculares, em função da diminuição do colesterol HDL, aumento do LDL e triglicerídeos e distúrbios glicêmicos, alterações metabólicas comuns também à Síndrome Metabólica. Como consequência do aumento de tecido adiposo, ocorre a produção anormal de citocinas, chamadas adipocinas, e a ativação de vias de sinalização pró-inflamatórias, resultando na expressão de hormônios e marcadores de inflamação, como leptina, adiponectina, proteína C-reativa (PC-R), interleucinas (IL-1 e IL-6), e fator de necrose tumoral- α (TNF-α) 12. Neste sentido, a redução da adiposidade abdominal concomitantemente ao estresse oxidativo é um importante passo para a prevenção de doenças relacionadas à obesidade. A administração de um extrato polifenólico comercial de frutas cítricas, contendo cerca de 20% de naringenina a adultos saudáveis com sobrepeso (IMC variando de 26 a 29,9 kg / m2) ao longo de 12 semanas, evidenciou uma redução significativa na circunferência da cintura e do quadril, gordura abdominal e peso corporal comparado com o grupo placebo. Além disso, a resposta inflamatória e a expressão dos marcadores de estresse oxidativo também foram diminuídos.Assim, a naringerinina pode ser útil no manejo do sobrepeso, obesidade e síndrome metabólica, bem como no desenvolvimento das demais doenças crônicas que possam estar associadas a estas condições.
POSOLOGIA:
USO ORAL: 500 A 1000 MG AO DIA
SUGESTÃO DE FÓRMULA
NARINGENINA……………………………………………………………….. 500 mg
Posologia: Tomar de 1 cápsula 2 vezes ao dia ou conforme orientação médica.