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Luteolina

Antioxidante, anti-inflamatório e tratamento do câncer

Luteolina é um flavonoide, mais precisamente um dos principais bioflavonóides cítricos. Tal como a maioria dos flavonoides, possui excelente poder antioxidante, anti-inflamatório, e propriedades antitumorais. É encontrado em grandes quantidades no amendoim, tomilho, salsa, hortelã, manjericão, erva aipo e alcachofra.

Sua atividade antioxidante é dada através do seu mecanismo de ação que consiste em sequestrar espécies reativas de oxigênio e nitrogênio.

Possui também potente atividade anti-inflamatória através da inibição do fator nuclear Kappa β (NFkβ) – responsável pela sinalização de células imunes.

INDICAÇÕES E ESTUDOS CLÍNICOS

Antioxidante

Assim como a maioria dos flavonoides, Luteolina é considerado um excelente antioxidante. Espécies reativas de oxigênio (ROS) são grupos de reativos diversos, de vida curta, contendo espécies de oxigênio. Os ROS servem como segundos mensageiros de sinalização celular, mas sua produção excessiva resulta em stress oxidativo e danos ao DNA, lipídios, proteínas envolvidas no câncer, bem como nas doenças neurodegenerativas e cardiovasculares. Luteolina foi encontrado para inibir ROS resultantes da indução por danos aos lipídios, DNA e proteínas.

Atividade estrogênica e antiestrogênica

Estrógenos são hormônios envolvidos na proliferação e diferenciação de células-alvo. Em resposta aos estrogênios, o receptor de estrogênio (ER) é ativado para estimular a síntese de DNA e proliferação celular. Os flavonoides são naturalmente fito estrogênios, pois eles podem ligar em ERs e ativar suas vias de sinalização. Devido ao fato de luteolina possuir atividade estrogênica potente em baixas concentrações, pode ser um agente útil na terapia de reposição hormonal. No entanto, existem relatos mostrando os efeitos antiestrogênicos do luteolina.

Atividade anti-inflamatória

Os macrófagos ativados produzem moléculas vigorosamente inflamatórias, tais como fator de necrose tumoral α (TNFa), as interleucinas (ILs), e os radicais livres (ROS e espécies de azoto reactivos, RNS), levando ao recrutamento de células inflamatórias, tais como neutrófilos e linfócitos, para o local da infecção e a depuração dos patógenos. Luteolina exerce seu efeito anti-inflamatório através da supressão da produção dessas citocinas e suas vias de transdução de sinal.

Atividade anticancerígena

Luteolina é capaz de interferir com quase todas as características de células cancerosas, principalmente através dos seguintes mecanismos:

A) Inibição Citocromo P450 e outras enzimas.

B) Inibição da Proliferação Celular.

C) Eliminação de células transformadas por indução de apoptose.

D) Anti-Angiogênese.

E) Anti-Metástase.

Nefropatia diabética

A nefropatia diabética é uma complicação em longo prazo do Diabetes. Muitas evidências experimentais sugerem que a hiperglicemia persistente gera espécies reativas de oxigênio (ROS) intracelulares que desempenham um papel importante na lesão renal induzida por glicose elevada. Luteolina – um flavonoide demonstrou possuir atividade antioxidante direta, ele causa mudanças na superóxido dismutase (SOD), no conteúdo de malondialdeído (MDA) e expressão de heme oxigenase-1 (HO-1) de proteína.

 DOSAGEM USUAL

100 mg, 2 vezes ao dia